terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Filhos...melhor não tê-los... Mas se não tê-los, como sabê-los?

*Colaboração Mariana Rodrigues dos Reis
Mãe do Mário Gabriel dos R Alencar de 3 meses


Uma das tarefas mais complicadas atualmente e a de educar filhos. Não se tem uma receita pronta e nem uma dosagem certa para educá-los.
O mundo atualmemte impõe valores ditados pelo materialismo e pela concorrencia acirrada por bons empregos e bons salários, que descaradamente desprezam a ética e o amor ao próximo: fatores indispensáveis para uma sociedade justa. E os pais querem seus filhos os melhores da classe, os mais bem empregados e os mais bem remunerados despertando nas crianças a competitividade pelo TER em detrimento do SER.

Mesmo com o avanço da tecnologia, das comunicações, da robótica, e de outros setores, da sociedade, as relações ainda precisam ser regidas pelo respeito e pelo amor ao próximo. A relação familiar, a estrutura de família mudou, mas ainda assim as relações de respeito são a base para a formação do caráter.

As figuras familiares de sustenção do ser humano podem até não ser mais os pais , já que se admite famílias cujos lares são compostos de crianças e avós, mães independentes, pais que assumem sozinhos os filhos, ainda assim essas crianças precisam de um referecial, de um modelo a seguir. Crianças precisam de super-heróis para povoarem sua imaginação assim como precisam de alguem que mostrem a eles uma direção impondo disciplina e limites.

A psicologia evoluiu, a pedagogia está mais concreta e os pais parecem que se perdem diante de tantas mudanças que estão ocorrendo e que influenciam na educação dos filhos. Novelas, BBB's, músicas dentre outros invadem a cabeça de nossas crianças com efeitos de uma bomba atômica devastando o que é ensinado sobre a moral e os bons costumes.
Estamos diante de uma batalha travada entre a educação do lar e a que está lá fora...longe do alcance dos nossos olhos.

Só o diálogo e uma base sólida e equilibrada, com exemplos edificantes serão possíveis para educarmos bem nossas crianças.

3 comentários:

  1. Lu,parabéns pelo blog, realmente vem representando a educação como um processo contínuo e amplo que deve ser sempre repensado por todos, rumo a construção de valores e saberes...

    Um abração de sua amiga:Yleana Lima

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  2. Palavras de uma jornalista depois do acidente em Angra

    Filhos são do mundo!


    Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos. Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.

    Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

    Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.

    E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!

    Três dias na cobertura da tragédia na pousada Sankay, olhos grudados em fotos, tevê e internet, vozes chorosas de mães e tios ao telefone me fizeram pensar nessa dor gigantesca que deve ser para um ser humano devolver o que mais amou nessa vida, mas nunca foi seu! E, principalmente, me fez entender que mais do que corajosos, nós, pais, somos loucos por correr o risco de amar tanto sem garantias.

    Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.

    Achei muito interessante este texto para nossa reflexão, como pais e mães, abraços fraternos

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  3. Realmente um texto para reflexão.
    Abraços

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