Quando se fala de educação, aponta-se uma série de deficiências que vão da formação nos cursos de licenciatura, perpassam pela gestão escolar e despencam nas costas dos professores , que geralmente são classificados como despreparodos para atuarem na docência. Nas Universidades Públicas, os cursos de licenciatura, em especial o curso de Pedagogia, realmente deixam a desejar durante a formação por vários motivos dentre eles a falta de investimento para a qualidade dessa formação. Para colaborar com esse quadro que só desfavorece os professores, surgem a cada dia mais cursos de Pedagogia em que os alunos, futuros professores, assitem a TV (cochilando), copiam trabalhos da internet para serem postados e ao fim de pouquíssimo tempo recebem o diploma de Licenciado em Pedagogia. Essa leva de novos graduados são lançados no mercado de trabalho sem o preparo adequado para atuam na docência misturando-se aos outros demais graduados das universidades publicas que mesmo com aulas presenciais e sob os olhares de alguns professores ainda comprometidos com a qualidade da formação, fazem a educação desse país. Alguns falam de preconceito por parte das universidades públicas pelo ensino privado alegando que a luta pela manutenção do ensino superior gratuito e de qualidade para todos ter virado questão honra nacional. Em Paris, a Delegação brasileira defende gratuidade do Ensino Superior na Conferência Mundial, nessa conferência o prisedente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior - ANDIFES, levantou a polêmica que permeou as discussões refere-se ao status de o ensino superior ser ou não um bem público, e à própria definição do que vem a ser um bem público. Conforme informou o reitor, a delegação da América Latina defendeu que sim, que é dever do Estado a manutenção do Ensino Superior e a gratuidade, para dar condições de estudo a diferentes classes, principalmente nos países com maiores diferenças sociais. O que se busca não são mais vagas para a graduação de novos professores em outros lugares, o que se quer e se propõe são mais vagas nas universidades públicas ou fiscalizações mais efetivas da formação do setor privado. Essa discussão foi explicada pelo presidente da ANDIFES, Alan Barbiero (UFT), que alguns países argumentaram que o Ensino Superior é um bem público, mas que não necessariamente tem que ser oferecido por instituições estatais, e defenderam a participação do setor privado.Na carta redigida ao final da Conferência, as duas tendências foram contempladas: buscou-se defender o importante papel do Estado na regulação do Ensino Superior, dando-se também a possibilidade de participação do setor privado, desde que muito bem acompanhado pelo próprio Estado, para manter a qualidade do Ensino. Fica a pergunta : Quem realmente são os despreparados, os professores ou o Estado que não investe no ensino público e nem fiscaliza o ensino privado?
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