quinta-feira, 6 de maio de 2010

Missa Afro no Brasil

Missa afro na Igreja da comunidade Católica São José, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense que vai começar!

Algumas pessoas ditas religiosas não têm mais o que fazer. A nova rivalidade agora está sobre as missas Afro que se espalham pelo Brasil. Com tons bem diferenciados, as estampas colorem adaptam o ambiente para seu público. A Santa Ceia apresenta póstolos negros e no fundo do altar o retrato de Zumbi dos Palmares. Para ficar mais caracterizado os atabaques ganham espaço e as túnicas de cores mórbidas passam a ser estampadas e coloridas. É a missa afro na Igreja da c omunidade Católica São José, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense que vai começar!


Frei Athaylton Jorge Monteiro Belo, da Ordem dos Frades Menores (OFM), mais conhecido como Frei Tatá, entra e ocupa seu devido lugar. Frei Tatá acredita que esse trabalho faz com que o negro sinta-se negro dentro da Igreja, algo que não acontecia antes.

"Por razões históricas e culturais, os negros estavam na Igreja mas não tinham espaço, tinham que ficar em pé, não podiam ser padres, acreditava-se até que eles não tinham alma. Hoje, o que não se podia pensar há um século já acontece. Temos mais bispos negros do que no passado, mas ainda é pouco, porque são mais de 400 bispos no Brasil", explica o sacerdote.

A forte presença africana faz com que negros e pessoas de religião de matizes africanas frequentem a missa. Frei Tatá, porém, garante que a semelhança é apenas com a cultura do continente negro.

"Tem atabaque, falamos de Olorum, mas as pessoas sabem que esse espaço é definido. A Igreja conseguiu legitimar", afirma Frei Tatá.

Todo o rito é marcado por muita cor, música e dança. Na hora do ofertório, mulheres vestidas com túnicas estampadas dançam e levam frutas e doces para o altar. A dança é outro traço cultural africano resgatado pela Igreja.

"Na África do Sul se faz política dançando. A Igreja Católica tem que olhar para as suas raízes. Romaria, alegria do povo, diversão e amor ao santo", afirma o Frei.

A missa afro é celebrada sempre no primeiro domingo de cada mês. É um dos trabalhos da Pastoral Afro, que surgiu em 1988 por ocasião dos 100 anos da Lei Áurea, quando a Campanha da Fraternidade teve o tema Fraternidade e o Negro, e cujo lema era Ouvi o clamor deste povo.

Um comentário:

  1. Frei Tatá, um amigo querido, presente contínuo em nossas vidas.
    Abraço fraterno das irmãs Irma e Iza Serra (Atualmente, Valença-RJ)

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